31 de julho de 2010

O corpo... Perfeito ?

Vamos às compras ?

Todos aqueles que já entraram numa loja de roupa e saíram de mãos a abanar, são capazes de entender o meu ponto de vista. Chegas à loja, vês umas roupas giras e deparas-te com preços astronómicos, com tamanhos reduzidos, com coisas completamente absurdas. Aquilo que antigamente era um "M" parece um "S" e assim sucessivamente. Parece que existe um limite de tamanho aceitável, parece que ter umas "curvas", ser um bocado mais "forte" que os outros, é uma abominação. Parece-me até que apenas é aceitável ser esquelético.

Já ouviram falar de anorexia e bulimia, certo ? Doenças causadas pelo ideal de beleza física imposto pela indústria da moda, na minha opinião. Essas imagens projectadas em revistas, como que se essas pessoas fossem perfeitas, como se não tivessem falhas. (Para isso é que existe o Photoshop.) São postos num pedestal, são vistos como deuses… Mas, mal ganham uns "quilinhos", as revistas e os paparazzi saltam-lhes em cima, fazem deles monstros horríveis e quando vamos a ver pesam... 70 quilos ? Haja paciência ! Quando esse número fizer parte dos números da obesidade, vamos estar MUITO, mas muito mal !

E é assim, que milhões de adolescentes passam pelos distúrbios alimentares, querem ser a imagem perfeita de Hollywood. E quando vamos a ver as notícias acima referidas, sentimos-nos uns verdadeiros bichos por não sermos aquilo que devíamos ser. Os jovens passam a construir a mulher/homem ideal através daquilo que lhes é imposto, e começam a denegrir a imagem dos outros, começam os insultos, a violência, as depressões das vítimas da sociedade… É um mundo verdadeiramente vergonhoso !

Vivemos numa aldeia global em que se procura cada vez mais a perfeição em pessoa. Posso dar uma novidade, estilo notícia de última hora ?


NINGUÉM É PERFEITO ! Vivam com isso !





Filipa Silveira, Crónica Mensal

27 de julho de 2010

Problemas de guerra

Vamos a um assunto sério, polémico e constrangedor.

Guerra e as suas conjunturas. Sim aquela do Iraque, essa mesmo, a do petróleo ( vou ser preso pela CIA neste andar). O Barack Obama está a retirar de lá os homens e tal, não se sabe bem porquê (“o petróleo acabou!” grita a minha consciência). Para todos os bons efeitos, Obama defende a paz. Mas, no mundo actual, há lá paz Barack ? Quanto mais sendo tu o Presidente dos Estados Unidos da América e arredores. Estás condenado a viver sobre guerras, és bom demais para ser presidente. Tens o carro, tens as chaves, tens a estrada, ligas o carro e pões o rádio nas alturas e segues pela auto-estrada perdida que é o teu país. Conheces o coração do teu país, devias saber que funciona a petróleo, a grandes negócios, que é um conjunto de interesses exorbitantes. Não podes mudar isso, ninguém pode. A tua campanha é paga pelas companhias de petróleo (segundo o José Rodrigues dos Santos nos seus livros) e tens que beneficiá-las, por isso ainda vais ter problemas por retirar os teus homens das terras do Osama. Por falar no desaparecido, já morreste á quantos anos e ainda anda todo o mundo á tua procura ? Seu sacana.

Mas bem, a conjuntura do mundo mudou, e o problema dos EUA está aí. O principal apoio, que era o governo de Tony Blair, já não o é, na Inglaterra, a China vem a crescer de uma forma estrondosa e países como os Emirados Árabes Unidos suam dinheiro e urinam petróleo, e tu EUA, que fazes tu ? Escândalo aqui, escândalo ali (tipo Ronaldo) e dinheiro vai de vela. Até dizia para falares com o Sócrates mas não vale a pena, Portugal está na bancarrota desde a independência de Espanha, D. Afonso Henriques devia ter estado quieto que agora até éramos campeões do mundo, vejam lá.
Mas voltando aos EUA, ou descobrem petróleo em outros locais ou muito em breve estão vocês na bancarrota. Não apoio a guerra, pelo contrário, mas aquela gente no Iraque não trabalha, os mercados estão sempre cheios em dias de semana quando há ataques suicidas. Também não se podem dar ao luxo de desperdícios, o derrame da BP pode vir a ser comparado com as lágrimas que vão correr pelas caras dos adeptos benfiquistas com as exibições do Roberto.
E eu, que faço eu aqui a dar palpites de guerra ? Quando as borboletas voam, o sol desaparece e falta inspiração dá-me para isto, enfim. Obama, EUA, não levem a mal, são os maiores, até daqui a uns cinco anos. Como dizem os 30 Seconds “ THIS IS WAR!”

P.S: aceito trabalho na CIA, na Al-Qaeda depende do salário.




Diogo Mota, Crónica Semanal

19 de julho de 2010

Tema, um tema por favor !

Inspirem-me !

Por vezes, há períodos de completa desinspiração para quem escreve .

Há uma crónica para escrever para amanhã e não existe tema. Sobre que é que vou escrever ? Onde é que posso procurar um tema interessante ?

A resposta, é quase sempre a mesma: Internet, televisão, jornais, revistas, etc.

Pois bem, começo então por ver televisão durante mais ou menos uma hora . Assisto à emissão do telejornal, mas a certa altura, a vontade de ver as notícias esvai-se. O contexto de todas elas, é quase sempre o mesmo . No início, uma desgraça, a morte de alguém ou mais uma grande polémica em torno do governo. Depois algumas análises sobre esses casos, notícias de mais mortes ou crimes, as notícias de desporto e, no fim, algumas curiosidades engraçadas. Resumindo, na televisão é que não vou encontrar tema mesmo .

Desligo a televisão e ligo a Internet. Bem, que sufoco ! A publicidade invade o ecrã do meu computador e, quando dou conta, já me estão a querer vender toques para o telemóvel e um monte de outras coisas. A custo, lá consigo ver mais algumas notícias. Mas mesmo assim, de que é que posso falar ? Do filho do Cristiano Ronaldo ? Do Mundial, pela milésima vez ? Criticar os políticos vezes sem conta ? Não, esperem, talvez ajudar o Al Gore com o “seu” aquecimento global seja melhor ! Não, também não, ninguém se interessa por isso. Todos dizem que estão alertados, mas rara é a pessoa que toma iniciativa. Posso procurar outras crónicas e inspirar-me nelas, tirar algumas ideias, etc. Não, os outros temas não me interessam, não quero falar do que já foi falado. Continuo sem um tema que me dê inspiração, desligo a Internet e decido folhear uns jornais.

Abro o primeiro jornal, olhos para alguns títulos e perco novamente a vontade: “Sócrates acusa PSD de lançar <<>>”. Política novamente… ; “FC Porto: Quatro novas caras no onze frente ao Ajax”. Desporto e, acima de tudo, futebol, coisa de que as pessoas já se fartaram de ler… ; “Homens continuam a matar mulheres. Porquê ?”. E mais uma vez, crimes, mortes, etc.

Ao fim destas horas de procura por um tema decente, só consigo pensar: “Devem estar a gozar comigo !“

Já quase a desistir da minha procura, decido ir dar uma volta, espairecer um pouco e ver se aparece algo de interessante.

Depois de uma espera de 15 minutos, apanho um autocarro para a zona industrial da Invicta. Bem que podia falar dos autocarros e de todas as suas condicionantes… Não, também não, nem vale a pena falar de uma realidade que milhões de portugueses vivem todos os dias !

Saio na paragem que me estava destinada e decido ir a um shopping, dar uma volta. Olho para as montras, todas elas a tentar chamar a atenção à sua maneira, com vários descontos, etc. Pelo meio, encontro aqueles tipos irritantes (eu sei que eles estão só a fazer o seu trabalho) que nos tentam oferecer um contrato para termos televisão por cabo, Internet a uma grande velocidade e por aí fora. Boa, muito obrigado, mas continuo sem encontrar o meu tema .

O que é que me falta ver ? Ah, sim, as revistas !

Entro numa papelaria, vou ao encontro do senhor que está ao balcão e peço a revista mais interessante que ele tenha na loja. Depois de feita a compra, decido sentar-me, lanchar qualquer coisa e ler a revista. Aparece-me uma mulher na capa, toda ela com um corpo perfeito (belo trabalho de Photoshop) e o resto, tudo “cusquices” sobre celebridades. Vou folheando, folheando e folheando… “Não sei quem”, teve um filho, “não sei quem”, casou, “não sei quem”, foi apanhado a trair a mulher… E depois publicidade. Publicidade, publicidade e mais publicidade. Fecho a revista, visivelmente insatisfeito com a minha compra.

Não vou falar dos ditos políticos da televisão, das tragédias sobre que falava o jornal, nem do Mundial ou do Al Gore que a Internet mencionou e, muito menos, sobre “Como seduzir uma mulher” ou “Como manter a linha”, tudo coisas que li na tal revista. Preciso de um tema minimamente sério, preciso sempre de encontrar algo que cative os leitores deste Blog, algo vos faça pensar “Caramba, eu nunca reparei nisto, este gajo tem razão !”.

Para finalizar, eu pergunto, desta vez de forma diferente: Onde é que posso encontrar um tema para a minha crónica, sem que para isso tenha que me subjugar a tanto para encontrá-lo ?

Haja paciência !



Fábio Gonçalves, Crónica Semanal

15 de julho de 2010

Política, como tens falhado !

(In) Diferenças Sociais

"Blá blá blá" e as coisas rolam e nada muda. O "blá blá blá" dos políticos vem carregado de esperança e falsidade.

As pessoas já evitam falar destas coisas porque nada muda. Palavras são apenas palavras e, quando por fim existem gestos, muitas vezes são por interesses secundários.

No dia de natal, a televisão enche-nos de caridade, espírito solidário, e tretas… sim, tretas, muitas das vezes.

No último natal, ouvi breves palavras de um qualquer sem-abrigo: “as verdadeiras associações que se preocupam, não dão a cara”. Estas foram reais palavras, que para mim, como cidadã comum, mudaram muita coisa. Reparem com atenção no que passa com a distribuição de alimentos naquele dia. Ninguém põe em causa a legitimidade deste acto, mas então e nas outras noites?

Como observadora atenta que sou, posso depreender que no meio da confusão existe sempre gente que sente compaixão e está atenta ao mundo e às necessidades que lhes estão subjacentes. No entanto, muitas pessoas realizam actos verdadeiramente aprazíveis, mas apenas “para inglês ver”.

O mundo não está bem: a crise está instalada e o caos domina a tela! Sim, não tenho medo de o dizer, porque só não vê quem não quer (como tudo na vida). Este ano 2010, é o ano em que mais se ouve falar em obra social, e eu para ser sincera vejo isso tão pouco escrito nas mentes de cada um.

Eu sei que posso parecer revolucionária ao dizer que sim, é possível, ainda é possível ter esperança nos dias de hoje. Eu acredito nisso, mas sei que quanto ao governo, estado e grandes associações, NADA é feito para mudar.

Comecemos pelo exemplo dos nossos digníssimos ministros (atenção, cada um faz o que pode). As leis são aprovadas, desrespeitadas por quem as sugere, ou ainda alguém se lembra do famoso caso de alguém que tem um avião em que é permitido fumar? Foi um erro, um pequeno erro de percurso.

Mas a lei não é para todos?!

Não deveria essa pessoa ser culpada?

Assim são tantos outros casos. Sim, as diferenças sociais não se vêm só quando vemos um mendigo e pessoas a deitar comida fora. Vemos isso em casos não tão radicais.

Existe diferença a partir do momento em que pessoas ditas, dignas de cargos tão importantes e de valores morais no nosso país, não pagam pelos seus crimes, dizendo ainda que se trata de assuntos pessoais. Pessoas até ao momento que falamos de investimentos públicos, de dinheiros que não pertencem a uma pessoa, mas esse dinheiro existe devido ao suor de muitos.

É isto justo?

Uma pessoa não tao digna, conhecida, se subornar da mesma maneira, é tida como culpada irremediável dos seus crimes, e paga, pelo menos a maior parte. Casos de racismos levados ao extremo, casos de pedofilia, ignorados por se tratar de altas entidades públicas, casos assim, sem resposta, e nós vemos e nada fazemos. Sociedade ridícula, a minha!

Sim, não está ao alcance de todos mudar estes assuntos, e eu seria sonhadora se assim pensasse, mas as nossas acções estão ao alcance de todos nós.

A nossa consciência moral, conjugada com a nossa ética e sentido de solidariedade, pode trazer mudanças.

Não sejamos indiferentes, não sejamos apáticos perante as diferenças sociais, não sejamos meros espectadores da nossa geração.

Eu falo por mim, não quero receber como herança dos meus pais este mundo, e já que os ditos adultos não fazem anda para mudar esta realidade, nos podemos fazer, porque a idade e os métodos estão na cabeça de cada um.

Dizem sempre que o futuro é dos jovens, mas o presente também o é! Muda o teu pequeno mundo, para que cada um individualmente, consiga criar a concreta mutação do mundo mesquinho em que estamos a viver!

Sim, as coisas não estão bem, e talvez nem para lá caminhem, mas só posso dizer aconselhar a que ninguém perante isto diga "PORREIRO PÁ !"



Dina Fernandes, Crónica Mensal

13 de julho de 2010

Ponto de Situação

Depois de realizada uma sondagem nos últimos dias, em que os nossos visitantes tiveram o privilégio de escolher um tema para uma das nossas crónicas, será brevemente postada uma crónica sobre Música.


PS: Lamentamos também o facto de neste último final de semana, não termos postado a habitual crónica semanal, mas, devido a alguns problemas, não foi possível a publicação desta.


Obrigado,
Fábio Gonçalves, Co-Administrador

1 de julho de 2010

Em defesa das mulheres !

Ser mulher .

Antigamente, as mulheres, eram vistas como uma mera propriedade. Propriedade de um homem, fosse este o pai, um tio, ou marido. Eram idealizadas como donas de casa, esposas e mães, sem qualquer utilidade na sociedade. Mas após vários movimentos revolucionários, a mulher conseguiu ganhar várias batalhas, a mais importante das quais, o direito ao voto.

Com este novo poder adquirido, a mulher conseguiu escalar na sociedade e marcar uma posição. Com a emancipação da mulher, o mundo tornou-se mais evoluído, cheio de oportunidades para aquele grupo, outrora chamado o "sexo fraco".

E agora, no século XXI, seria de esperar que a mulher não fosse humilhada como era antigamente. Seria de esperar que os seus direitos fossem iguais aos de qualquer homem. Podemos muitas vezes concluir que assim não acontece.

Inúmeros atentados acontecem diariamente contra as mulheres. Admiravam-se se vos dissesse que no Médio Oriente, altos dirigentes religiosos incentivam a violência contra as mulheres? Ensinam em plena televisão como agredir as mulheres e como submetê-las a actos sexuais contra a própria vontade - violação. Mulheres, todos os dias, são assassinadas, queimadas vivas, apedrejadas, violadas em nome de uma pressuposta superioridade masculina. Podemos dizer que esta é a cultura deles e que não nos podemos intrometer. Mas será mesmo possível que estas histórias nos passem ao lado?

Em Portugal, a violência doméstica atinge números assustadores. Em 2009, a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), registou quase 16 000 crimes de violência doméstica. Num país com pouco mais de 10 milhões de habitantes, este números deveriam envergonhar a nossa sociedade podre, que permite que estes criminosos sejam libertados e que voltem a cometer estes verdadeiros actos irracionais. Shame on you !

E que tal esta sociedade mudar? O total desrespeito dos homens sobre as mulheres já é algo da idade da pedra. Porém, ainda vivemos com isso. Quantas e quantas mulheres já se depararam com comentários menos agradáveis, proferidos pelos típicos "machos latinos" ? É realmente degradante que pessoas deste tipo tenham o "trabalho" de usar frases feitas para chamar a atenção de uma mulher que lhes agrade. E a esses homens, só gostaria de poder dizer:


“Vocês lêem a Playboy pelo mesmo motivo que lêem a National Geographic: gostam de ver lugares que sabem que nunca vão visitar.”





Filipa Silveira, Crónica Mensal