22 de março de 2011

Crónica Semanal: Diogo Mota

NBA, sempre! Racismo, nunca!

Para muitos isto pode ser apenas a maior liga de basquetebol do mundo, mas para mim não, para mim é algo superior ás nações unidas. Vemos de tudo, desde chineses a norte americanos, a maioria com descendência africana, vemos espanhóis e italianos de forma a representar a Europa e brasileiros para dar colorido á situação. E vendo bem isto é algo bastante importante na actual conjuntura do mundo. Ora vejamos, é importante na luta contra o racismo não só no desporto pois dá excelentes exemplos aos jovens. E agora gostava de ver aqueles comentários do género “devo ser preto não?”, pois porque agora esses comentários não ficavam lá muito bem, afinal são os “pretos” que dão o espectáculo e nos fazem ficar entretidos e saltar dos nossos sofás em momentos de pura loucura e êxtase.

Precisamos de olhar com outros olhos para LeBron James, Kobe Bryant, Carmelo Anthony e companhia, não olharmos simplesmente com os olhos que simplesmente vêem o espectáculo, mas sim também com os olhos que são contra o racismo. Precisamos de agir e a NBA pode ser um excelente meio para agirmos contra o racismo. Vamos agir, de forma simples, não precisamos de grandes coisas, se cada um de nós agir de forma correcta e não incorrer em actos de racismo que prejudicam todo o mundo. Mas não, este mundo continua a tristeza, e nós vamos continuando a colaborar com isto, é triste.

É triste ver que a sociedade só deixa o racismo de lado geralmente em momentos de desporto e por vezes nem ai. É triste ver que este mundo se perdeu em preconceitos e que vivemos numa tirania em que a raça branca é superior simplesmente por ser branca. E foi a isto que chegamos ? É neste mundo que vivemos actualmente? Como já disse, é triste ser branco porque somos quase obrigados a dizer sim ao racismo.

15 de março de 2011

Crónica Mensal: Dina Fernandes

Socorro! Estamos a afundar!

No passado dia 11 de Março de 2011, logo pela manhã bem cedo, cerca das 8:00h, fomos bombardeados através da televisão, rádio, Internet, dum terrível acontecimento: um terramoto seguido de um maremoto no Japão.

Mal soube desta notícia, pensei para mim mesma: há males que nunca vêm sós.

Este terramoto, de intensidade 8.9 na escala de Richter (cujo limite é 10), foi considerado o 5º maior terramoto na história da Humanidade, e da Geologia. Seguido dum maremoto, este acontecimento levou o Japão a um desespero total. A força das águas foi surpreendente… barcos foram arrastados pelas águas como se fossem folhas de papel. O número de mortos cresce a cada dia. Milhares de pessoas estão desaparecidas, um cenário triste.

Até ao dia de hoje, um número altíssimo de réplicas se têm feito sentir, e ainda hoje, dia 15 ocorreu outro sismo no Japão.

Isto dá que pensar!

Meu Deus, onde vai isto parar?! Muitos começam a desesperar. Como ser humano, sinto pena de não poder fazer mais nada do que pensar nestes casos, nas pessoas que morreram, nas que sobreviveram, nas que perderam tudo, daquelas que estão quem sabe vivas mas desaparecidas. Sinto a dor de quem não sabe noticias dos seus familiares, deve ser muito complicado!

Mas, ao fim de tudo, ainda há esperança. Hoje, passados quatro dias, foram encontrados na hora certa, sobreviventes debaixo de escombros. Estavam com princípios de hipotermia, mas estavam vivos!

É nestes momentos que perante a sarcástica pergunta: e agora? Podemos responder como Marquês de Pombal: “E agora? Enterram-se os mortos e tratam-se os vivos!”

É nestas alturas que penso no valor da vida, no quão bom é estar viva! Graças a Deus, posso dizer que tenho amigos, familiares, vida, saúde, uma casa, coisas básicas e que todos deviam ter, mas infelizmente não acontece! É nestas alturas que dou valor às pequenas coisas da vida. Porque uma das coisas mais certas da vida é a morte, e essa não se pode prever. Por isso, penso que o mais certo é viver duma maneira profunda e certa.

Antes que seja tarde demais, devemos ter noção do valor das pequenas coisas da vida. Devemos ver isso depressa, antes que um dia seja tarde demais.

Porque mesmo que o mundo não termine amanhã, precisamos de viver hoje mais do que ontem.

Não deixes as coisas desabarem. Pelo menos pensa nisso…

1 de março de 2011

Crónica Mensal: Filipa Silveira

Viciados desta vida!

Já chamaram à minha geração imensas coisas: geração da pastilha elástica, geração da Internet, geração do telemóvel, geração das redes sociais, disto e daquilo… No fundo, parece-me que uma expressão que resuma isto tudo é chamar-nos uma geração de “agarradinhos”.

E bem, enquanto os vícios referidos acima forem estes, não estamos muito mal. O pior sucede quando do “nada”, nos aparece um(a) jovem viciado em droga, tabaco, álcool, isto para citar aqueles com que mais facilmente nos deparamos. Como é possível, com tanta informação disponível, ver tanta gente a cair no mesmo erro?

É uma questão de aceitação na sociedade? – pergunto eu – ou uma mera estupidez que vai acabar com a TUA VIDA mais cedo? Começa tudo com uma aliciação por parte de um grupo dominante, começa com uma depressão, uma doença. Mas porquê, para quê e com que objectivo é que TU te metes nisso?

Não entendo o objectivo, nunca entendi, e sinto-me extremamente impotente ao ver aqueles que são ou eram do meu círculo de amigos perdidos nesse mundo obscuro e oculto. Tudo isto porque sentem-se abandonados e só conseguem encontrar na droga uma maneira de atingir a popularidade, uma forma de se afirmarem socialmente, mas é sobretudo uma maneira de fugir aos problemas que têm na vida. Fugir não faz os problemas desaparecerem, certo?

A fuga, a entrada em caminhos que sempre nos pareceram desnecessários nunca foi solução para ninguém. Podemos ver tudo como um jogo mas a vida, essa, não é brincadeira nenhuma, não é algo que possas levar com leviandade. Hoje escrevo para ti, tu que és jovem, inteligente, informado, que sonhas, com objectivos e com uma vida pela frente:

Pelos outros, vale a pena acabares contigo?