1 de março de 2011

Crónica Mensal: Filipa Silveira

Viciados desta vida!

Já chamaram à minha geração imensas coisas: geração da pastilha elástica, geração da Internet, geração do telemóvel, geração das redes sociais, disto e daquilo… No fundo, parece-me que uma expressão que resuma isto tudo é chamar-nos uma geração de “agarradinhos”.

E bem, enquanto os vícios referidos acima forem estes, não estamos muito mal. O pior sucede quando do “nada”, nos aparece um(a) jovem viciado em droga, tabaco, álcool, isto para citar aqueles com que mais facilmente nos deparamos. Como é possível, com tanta informação disponível, ver tanta gente a cair no mesmo erro?

É uma questão de aceitação na sociedade? – pergunto eu – ou uma mera estupidez que vai acabar com a TUA VIDA mais cedo? Começa tudo com uma aliciação por parte de um grupo dominante, começa com uma depressão, uma doença. Mas porquê, para quê e com que objectivo é que TU te metes nisso?

Não entendo o objectivo, nunca entendi, e sinto-me extremamente impotente ao ver aqueles que são ou eram do meu círculo de amigos perdidos nesse mundo obscuro e oculto. Tudo isto porque sentem-se abandonados e só conseguem encontrar na droga uma maneira de atingir a popularidade, uma forma de se afirmarem socialmente, mas é sobretudo uma maneira de fugir aos problemas que têm na vida. Fugir não faz os problemas desaparecerem, certo?

A fuga, a entrada em caminhos que sempre nos pareceram desnecessários nunca foi solução para ninguém. Podemos ver tudo como um jogo mas a vida, essa, não é brincadeira nenhuma, não é algo que possas levar com leviandade. Hoje escrevo para ti, tu que és jovem, inteligente, informado, que sonhas, com objectivos e com uma vida pela frente:

Pelos outros, vale a pena acabares contigo?

1 comentário:

  1. a sociedade depara-se com este quadro: jovens cada vez mais viciados, crescimento de divórcios a torto e a direito e no fundo uma sociedade completamente destruida a começar por aqueles que deveriam de ser o exemplo! Os pilares de amnha como nos chamam acabam por se tornar corrompidos e nao ter forças para conseguir seguir em frente para uma sociedade melhor.
    e este caminho que nos espera.
    Qualquer dia os CV apresentam-se "manuel das couves 18 anos toxicodependete desde os 16 pais divorciados mae alcoolica e pai poligamico."

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