15 de março de 2011

Crónica Mensal: Dina Fernandes

Socorro! Estamos a afundar!

No passado dia 11 de Março de 2011, logo pela manhã bem cedo, cerca das 8:00h, fomos bombardeados através da televisão, rádio, Internet, dum terrível acontecimento: um terramoto seguido de um maremoto no Japão.

Mal soube desta notícia, pensei para mim mesma: há males que nunca vêm sós.

Este terramoto, de intensidade 8.9 na escala de Richter (cujo limite é 10), foi considerado o 5º maior terramoto na história da Humanidade, e da Geologia. Seguido dum maremoto, este acontecimento levou o Japão a um desespero total. A força das águas foi surpreendente… barcos foram arrastados pelas águas como se fossem folhas de papel. O número de mortos cresce a cada dia. Milhares de pessoas estão desaparecidas, um cenário triste.

Até ao dia de hoje, um número altíssimo de réplicas se têm feito sentir, e ainda hoje, dia 15 ocorreu outro sismo no Japão.

Isto dá que pensar!

Meu Deus, onde vai isto parar?! Muitos começam a desesperar. Como ser humano, sinto pena de não poder fazer mais nada do que pensar nestes casos, nas pessoas que morreram, nas que sobreviveram, nas que perderam tudo, daquelas que estão quem sabe vivas mas desaparecidas. Sinto a dor de quem não sabe noticias dos seus familiares, deve ser muito complicado!

Mas, ao fim de tudo, ainda há esperança. Hoje, passados quatro dias, foram encontrados na hora certa, sobreviventes debaixo de escombros. Estavam com princípios de hipotermia, mas estavam vivos!

É nestes momentos que perante a sarcástica pergunta: e agora? Podemos responder como Marquês de Pombal: “E agora? Enterram-se os mortos e tratam-se os vivos!”

É nestas alturas que penso no valor da vida, no quão bom é estar viva! Graças a Deus, posso dizer que tenho amigos, familiares, vida, saúde, uma casa, coisas básicas e que todos deviam ter, mas infelizmente não acontece! É nestas alturas que dou valor às pequenas coisas da vida. Porque uma das coisas mais certas da vida é a morte, e essa não se pode prever. Por isso, penso que o mais certo é viver duma maneira profunda e certa.

Antes que seja tarde demais, devemos ter noção do valor das pequenas coisas da vida. Devemos ver isso depressa, antes que um dia seja tarde demais.

Porque mesmo que o mundo não termine amanhã, precisamos de viver hoje mais do que ontem.

Não deixes as coisas desabarem. Pelo menos pensa nisso…

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