O tema que vou abordar nesta crónica é susceptível de inúmeras críticas e opiniões.
Para começar, o que é na verdade ser optimista?
Para uns, a resposta era imediata, ver sempre o lado bom da situação. Outros na sua resposta diriam algo do género: é uma maneira de ver a vida, outros ainda diriam: é uma estupidez.
Pois, eu, vou explicar-vos a minha teoria acerca do optimismo.
Para mim, ser optimista é necessário. Mas, há que ser realistas!
Não podemos apenas fingir que nada está a acontecer e continuar passivos perante as situações. Mas, há que encarar os problemas de frente e aí sim, ser optimistas.
Atenção, porque ser optimista não significa ignorar o problema, mas sim encarar com esperança o problema de maneira a acreditar que se pode resolver.
Deparemo-nos com o seguinte quadro: um DONUT. Um pessimista vai sempre ver UM BURACO NO BOLO, mas … um optimista verá: UM BOLO COM UM BURACO.
Será que se percebe o alcance “filosófico” deste exemplo?
Enquanto uns veriam logo o buraco e depois então (se conseguissem), veriam o bolo. Outros veriam primeiro o bolo e depois sim veriam o buraco.
Eu tenho um problema, e como sou um ser humano dotado de livre arbítrio, posso escolher:
- Ignorar o problema
- Desesperar por causa do problema
- Ver o problema e tentar encarar com fé esse problema, ser optimista.
Se eu escolher ignorar o problema, não resulta. Se eu escolher desesperar por causa do problema, é inútil, mas é o que acabamos muitas vezes por fazer. Desesperamos, não conseguimos ver a luz ao fundo do túnel, e dum problema pequeno por vezes fazemos uma tempestade. Isso traz-nos ansiedade e sofrimento.
E agora, podemos perceber que logicamente a solução mais correcta seria a terceira.
Porque?
Porque apenas quando encaramos os problemas com uma atitude mais positiva, é que eles se podem resolver, só assim podemos aprender a lidar com eles.
Exemplos disso?
Pessoas cancerosas, ou com alguma doença grave que pode provocar a sua morte. Encarar uma doença grave nunca é fácil, e NUNCA podemos culpar ninguém por se ir abaixo com uma notícia destas. Mas, as pessoas em questão podem olhar para a doença e dizer: tenho uma barreira para ultrapassar, vou agarrar-me à vida e lutar para vencer; ou podem simplesmente desistir, o que segundo um estudo que li num artigo de um jornal, em cerca de 80% dos casos, piora a situação.
Sejamos realistas, ser optimistas nos tempos que se seguem não é nada fácil! Todos ouvimos falar de crise, desemprego. O futuro, assusta-nos!
MAS, e para todos os efeitos, podemos sempre ser realistas, ou seja: acreditar que embora tudo esteja mal, ainda há solução, HÁ QUE SER OPTIMISTA.
Outro claro exemplo que se pode dar de optimismo e de exemplo de vida é o de Nick Vujicic. Procurem na internet artigos sobre ele e sintam-se “overwhelmed” pela sua história. Um homem australiano, nasceu sem braços e sem pernas. Quantas dúvidas não surgiram ao longo de toda a sua vida?
Não poderia ele simplesmente dizer: "não posso, a minha vida não faz sentido" ? Claro que sim, e para muitos essa seria a opção mais fácil. Mas, Nick resolveu lutar pela vida, encontrar uma maneira de “agradecer o que tenho, em vez de me queixar do que não tenho, ou não posso ter”.
Arranjar maneira de fazer o impossível, lutar e ser optimista, acreditar que não há barreiras.
Nick é só um exemplo. E o teu caso? Não poderás ser optimista e realista também?
Se Nick fosse perfeito, seria tão conhecido como é hoje? Poderia ter chegado a tantos países do mundo como chegou? Poderia ter alcançado a vida de tantas pessoas como fez? Pensa nisso…
Um estudo demonstra que cerca de 70% dos optimistas vivem mais felizes. Mas eu não precisava de um estudo para o perceber, é tão óbvio!
Não desesperes se nem sempre, mesmo quando és optimista , as coisas demoram. Tudo tem o seu tempo, há um propósito, há um plano.
Sabes que mais?
“O optimismo é, e deve ser, o ânimo dos que combatem e aspiram ao bem comum.” Disse Afrânio Peixoto.
ACREDITA, sê OPTIMISTA, mas sempre REALISTA.
Soube à uns tempos, de uma história(verídica), de uma senhora, a quem foi diagnosticada leucemia. A preocupação imediata, nem foi para com ela, mas para com os pais, porque ela tinha duas que já tinham falecido, e ela não queria deixar os pais.
ResponderEliminarEla decidiu então enfrentar o problema, e pediu aos médicos, que não lhe dissesse quanto tempo de vida tinha. Passado algum tempo ela estava curada. O mais incrível, é que quando descobriu que tinha leucemia, restava-lhe apenas uma semana de vida, e ainda assim superou a doença.
Seja naquilo que for, uma doença ou outro qualquer problema, a resolução do mesmo, muitas vezes depende da forma como o encaramos.